Objetivos Gerais:

No final do semestre, o aluno deverá ser capaz de demonstrar estar sensibilizado para a importância dos seguintes aspetos nos diversos contextos do exercício profissional (hospital, centro de saúde, e comunidade):

Pessoa humana em função da sua individualidade, resiliência e vulnerabilidade na saúde e na doença.

Perspetiva multicultural para reconhecer, compreender e respeitar a diferença na sociedade.

Competência do futuro médico, nomeadamente no que concerne à comunicação, relação, ética e cultura científica.

Atuação do futuro médico enquanto clínico, educador e agente de progresso na sociedade.

Responsabilidade do futuro médico, reconhecendo o impacto da sua intervenção na pessoa e no seu contexto.

Conteúdos / Programa:

Os conteúdos foram definidos com vista à prossecução dos objetivos definidos e organizam-se em torno de quatro grandes áreas temáticas sempre consideradas numa perspetiva de responsabilidade global:

1. Pressupostos básicos da profissão médica assentes em três dimensões fundamentais: o ser pessoa, o ser médico e o ser doente, que serão abordadas com um enquadramento multidisciplinar de caráter filosófico, sociológico, antropológico, psicológico, económico, ecológico e político

2. Fundamentos da intervenção médica polarizada em três aspetos fundamentais: O saber, o saber fazer e o saber estar, com a especificação das principais áreas da intervenção clínica - prevenir, cuidar, curar e paliar - bem com a referenciação das várias funções do médico, atual e futuro, enquanto clínico (cuidados primários, secundários, terciários), educador, investigador e gestor. O ato médico num contexto individual e de grupo ao longo da vida

3. Responsabilidade médica na intervenção clínica e de cidadania, na sua interface com a justiça, com a educação e com o ambiente

4. Desenvolvimento pessoal e profissional ao longo da vida.

Bibliografia / Fontes de Informação:

Fernandes, J.F. (2009). ?Confiança: a relação médico-doente e a medicina de
hoje? in Nó Górdio ? a cumplicidade escondida. (pp. 65-75). Lisboa: Almedina;

Barbosa A. (2010). Sofrimento. In A. Barbosa & I.G. Neto (Eds.) Manual de
Cuidados Paliativos, 2ª Ed. (pp.563-593). Lisboa: Núcleo de Cuidados
Paliativos/Centro de Bioética/Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Eric J., Cassel M.D. (1982). The Nature of Suffering and the Goals of Medicine.
The New England Journal of Medicine, Vol. 306 (11, 18 Mar), 639-645.

Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948, 10 de Dezembro ?
adoptada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU na sua Resolução 217ª
(III).

Carta dos Direitos e Deveres dos Doentes (1968) ? No quadro legislativo da
Saúde são estabelecidos direitos mais específicos, nomeadamente na Lei de
Bases da Saúde (Lei 48/90, de 24 de Agosto) e no Estatuto Hospitalar
(Decreto-Lei n.º 48 357, de 27 de Abril).

Carta dos Direitos do Doente Internado ? especificação da Carta dos Direitos e
Deveres dos Doentes, publicada pelo Ministério da Saúde e posteriormente,
pela Direcção-Geral da Saúde e pela Comissão de Humanização.

Gawande, A. (2009) Ser Bom Não Chega. Ed. Lua de Papel.
Domingues, N.E.. Branco, J.C. (2008). Viver Com Fibromialgia. Lisboa: Ed.
Gradiva.

Kleinman, A. (1988). The illness narratives: suffering, healing and the human
condition. (pp. 88-99). New York: Basic Books.

Barbosa, A., (1999). A comunicação com o doente terminal. In J. Gomes-Pedro,
A. Barbosa (Eds): Comunicar: Na clínica, na educação, na investigação e no
ensino superior. (pp. 69-77). Lisboa: Departamento de Educação
Médica/Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Corney R. (1996). O Desenvolvimento das Perícias de Comunicação e
Aconselhamento na Medicina. (pp. 16-24; pp. 39-46). Lisboa: Climepsi.
Enelow, A.J., Forde, D.L.. Brummel-Smith, K. (1999). Entrevista Clínica e
Cuidados ao Paciente. (pp. 23-45). Lisboa: Climepsi.

Antunes, J.L. (2002). A Cidadela em Memória de Nova Iorque e Outros Ensaios.
(pp. 38-52). Lisboa: Gradiva.

Conn, N., Baba, G., Shoob, D., Youcha, V., Rab, S., Thomas, C., Obey, R.,
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Three, 24 (2); 31-37.

Servan-Schreiber, D., (2010). Anti cancro, Uma nova maneira de viver. (2ª ed.)
Lisboa: caderno.

Charon, R. (2006). Narrative Medicine. Oxford University Press.
Denis Gill, Niall O?Brien (1998). Paediatric Clinical Examination, Churchil
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Howells RJ, Davies HA, Silverman JD, Archer JC, Mellon AF. Assessment of
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Stivers T. Physician-child interaction: When children answer physicians'
questions in routine medical encounters. Patient Educ Couns. 2011 Aug 2

Métodos e Critérios de Avaliação:

A avaliação final que atesta a concretização dos objetivos definidos para o Módulo III.I é expressa numa classificação de 0 a 20 valores, com base nos seguintes parâmetros:

1 - Apresentação no seminário de partilha de experiências (máximo 6 valores)

Participação/Apresentação no seminário de partilha de experiências (Avaliação em grupo). A apresentação será avaliada de acordo com os seguintes critérios:

− Assimilação da experiência proporcionada pela visita presencial ou virtual e sua relevância na formação pessoal e médica;

− Pertinência da mensagem relativamente aos objetivos definidos para o Módulo III.I;

− Expressão e clareza na transmissão dessa mensagem; − Criatividade.

- A presença na referida sessão para os elementos do grupo é obrigatória, pelo que uma falta implica a penalização de 1 valor na classificação final.

- O atraso ou não envio das questões implica a penalização de 1 valor na classificação final de todos os elementos do grupo.

2 - Trabalho de campo/relatório

Será avaliado segundo os seguintes critérios:

− Integração de conhecimentos abordados no Módulo III.I;

− Capacidade reflexiva e crítica;

− Legibilidade, correção e clareza do texto.

- Caso haja uma informação negativa do grupo, ou de algum dos seus elementos, a respetiva classificação será penalizada em 1 ou mais valores de acordo com a informação recebida.

- A entrega do suporte audiovisual relativo à apresentação do grupo no seminário de partilha de experiências e do relatório individual deve ser feita obrigatoriamente dentro dos prazos estabelecidos. O não cumprimento destes prazos implica uma penalização de 1 valor na respetiva classificação.

3 - Avaliação Teórica - Máximo 14 valores

Avaliações parcelares através do QuizOne ou avaliação final por exame escrito. Os estudantes podem optar por uma destas modalidades. 

Atividades de presença obrigatória - 5 aulas dedicadas à Medicina Centrada na Relação - Dinamização antecipada de uma aula teórica (fórum de discussão) /presença na sessão (data definida pelo secretariado para cada grupo) - 2 Visitas educacionais às instituições de intervenção social - 1 Seminário de partilha de experiências - Uma falta a qualquer destas atividades obrigatórias, sem justificação válida, invalida a realização do Módulo III.I.