Data de publicação: 22/11/2024

Universidade da Madeira recebe cerca de 30 investigadores ao abrigo do Projeto Hawking

Universidade da Madeira recebe cerca de 30 investigadores ao abrigo do Projeto Hawking, financiado pela UE em quase um milhão de euros

Uma equipa de investigação multidisciplinar da Universidade da Madeira (UMa), coordenada por Liliana Rodrigues, recebeu nesta instituição cerca de 30 investigadores vindos de diferentes países dos Balcãs.

"O Projeto HAWKING é uma iniciativa pioneira na transformação digital no ensino superior para estudantes com deficiência nos Balcãs Ocidentais”, explicou Liliana Rodrigues. A equipa é constituída, ainda, por Jesus Maria Vaz Fernandes, Élvio Rúbio, Luís Gaspar, Diana Pimentel e Arnaldo Fonseca, e investigadores juniores. Esta equipa já deu formação a mais de 150 pessoas e, agora, a formação sobre as linhas que irão criar um guia para a transição digital inclusiva e a acessibilidade eletrónica.

De uma preenchida agenda, que teve início no dia 18 até 20 de novembro, a equipa de formação e os investigadores contaram com a cooperação da Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia, tendo o seu Secretário, Jorge Carvalho recebido todos os participantes na “Divisão de Acessibilidade e Ajudas Técnicas” que faz um trabalho de reconhecido mérito no que diz respeito a conceber, desenvolver, promover e divulgar tecnologias de apoio ou experiências tecnológicas inovadoras a serem utilizadas por crianças, estudantes ou outras pessoas com deficiência, incapacidade ou outras necessidades educativas especiais. No dia anterior, foram recebidos na Direção de Serviços de tecnologias e Ambientes Inovadores de Aprendizagem onde foi possível a discussão sobre o desenho de implementação de protocolos, utilizando ferramentas digitais, para estudantes com necessidades especiais. A ideia fundamental é garantir a inclusão, como princípio de todas as instituições educativas democráticas. A RAM poderá assim, e conjunto com a UMa, assumir um papel importante na implementação e avaliação do processo de inclusão digital entre os ensinos secundário e superior.

Numa iniciativa inovadora inspirada na resiliência de Steven Hawking, o projeto HAWKING (trabalho (digital) para a alteração de formas de derrubar a inacessibilidade das novas gerações) pretende revolucionar o cenário do ensino superior para indivíduos com deficiência nos Balcãs Ocidentais.

Liderado pela Universidade de Montenegro, o foco principal do projeto HAWKING é a promoção de uma transformação digital no ensino superior através de uma perspetiva de justiça social, enfatizando a igualdade, a equidade e a acessibilidade para estudantes com deficiência. Ao colaborar com instituições de ensino superior e com organizações comunitárias, numa parceria que envolve 15 instituições, a Universidade de Montenegro, o coordenador do projeto, e a Universidade Adriática de Montenegro, a Universidade de Tuzla, a Universidade de Bijeljina e a Universidade de East Sarajevo da Bósnia e Herzegovina, a Universidade de Vlora “Ismail Qemali” e a Universidade de Korça “Fan S. Noli” da Albânia, 5 IES da UE e de países terceiros associados ao programa — a Universidade de Maribor, na Eslovénia, a Universidade de Konya, na Turquia, a Universidade da Madeira, em Portugal, a Faculdade de Formação de Professores e Informática Empresarial – Sirmium, Sremska Mitrovica, na Sérvia e os Balcãs Ocidentais, o Instituto/WEBIN, na Sérvia, a Universidade de Nicósia, em Chipre, e 2 ONG de países do BM — o Centro Pedagógico de Montenegro e a Organização de Amputados/UDAS, na Bósnia e Herzegovina, o Projecto HAWKING procura melhorar as competências digitais e a promover a inclusão, contribuindo, assim, para o desenvolvimento económico e para o desenvolvimento social destes países. O consórcio é composto por funcionários com formações diversificadas em áreas como as ciências naturais, a matemática, as tecnologias digitais, a educação inclusiva e as ciências sociais, para abordar as questões do projeto de forma multidisciplinar. Como tal, o projeto foca-se no estabelecimento de ligações estreitas entre universidades e comunidades através do envolvimento com parceiros não académicos, como escolas e municípios.

O projeto recorre, ainda, ao humanismo digital em que os aspetos éticos e sociais das tecnologias digitais e questões associadas de valores humanos e justiça social são parte deste processo. Daí a criação de um curso interdisciplinar sobre ética e filosofia da tecnologia, como "Tech Ethics".

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