A Universidade da Madeira (UMa) uniu esforços com diversas entidades regionais, públicas e privadas, para o desenvolvimento de projetos que contribuam para o combate à pandemia Covid-19.
Neste contexto, está em curso um projeto para a construção de viseiras para o SESARAM, desenvolvido por um grupo de docentes e investigadores da UMa e do M-ITI, ITI e ARDITI, sob a coordenação do SESARAM. Ainda em estudo, está também a produção de zaragatoas para a recolha de muco para análise.
A UMa, através do Centro de Química da Madeira (CQM), produziu e entregou 10 litros de desinfetante alcoólico ao
CoFiq em Casa, um projeto sem fins lucrativos, desenvolvido por jovens universitários, para ajudar a fazer face à situação atual de confinamento/distanciamento social, particularmente dos mais idosos.
No âmbito da call Research 4 COVID-19, a UMa submeteu três projetos à FCT:
Designing for Health, APPCovidMadeira e OMICs4COVID: OMICs avenues to fight COVID-19.
O projeto
Designing for Health visa o mapeamento de impressoras 3D para agilização de necessidades, a transferência de conhecimento e tecnologia no sistema de saúde, partilhando os modelos de design de zaragatoas, viseiras, etc., assim como a produção de material necessário para dar resposta adequada. É desenvolvido em parceria com o Instituto de Administração da Saúde, IP-RAM;
Interactive Technologies Institute (ITI)/
Laboratory of Robotics and Systems in Engineering and Science (LARSyS)/ Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação Tecnologia e Inovação (ARDITI); Serviço de Saúde da RAM; WOW Systems; NUUMstudio; Start-Up Madeira e Publinsular.
O projeto
APPCovidMadeira tem como objetivo o desenvolvimento de um aplicativo Android/iOS como meio de facilitar a comunicação e a monitorização dos doentes pelas autoridades de saúde. É desenvolvido em parceria com o Instituto de Administração da Saúde, IP-RAM; Serviço de Saúde da RAM; ITI/ LARSyS; ARDITI;
Centre for the Interdisciplinary Study of Gerontology and Vulnerability, University of Geneva; Instituto Superior Técnico; Faculdade de Motricidade Humana e Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
O projeto
OMICs4COVID: OMICs avenues to fight COVID-19 visa explorar a integração de dados urinários volatómicos, proteómicos e lipídicos de indivíduos infetados com SARS-CoV-2, em diferentes fases de infeção, como uma estratégia rápida e sensível para identificar um painel de metabólitos endógenos com potencial para um diagnóstico precoce da COVID-19, mesmo em indivíduos assintomáticos. É desenvolvido pelo CQM em parceria com a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.
Depois de, no início de março, ter disponibilizado ao IASAÚDE os seus recursos humanos e físicos para colaborar naquilo que entendessem necessário, o CQM está preparado para começar a produzir, a partir da próxima semana, em conjunto com o SESARAM, numa primeira fase, cerca de 50 litros/dia de desinfetante alcoólico.
O CQM está também disponível para, em colaboração com o SESARAM, ou com outras entidades, vir a testar uma família de compostos que deu resultados muito interessantes
in vitro e
in vivo para o HIV1 (
https://doi.org/10.1039/C9NR00303G).
Além da disponibilidade para colaborar em tarefas laboratoriais de alguns dos seus elementos, o CQM já disponibilizou um conjunto de materiais e reagentes, bem como integrou uma plataforma nacional de combate à Covid-19.
A UMa dispõe também de um conjunto de investigadores seniores e docentes na área da Biomedicina (no Projeto Medicina, no Laboratório de Genética Humana e no CQM com
know-how, disponibilidade e vontade de ajudarem as autoridades regionais de saúde, naquilo que for necessário e para o qual tenham competências.
Há, igualmente, disponibilidade para ajudar em tarefas laboratoriais, apoio na implementação dos testes desenvolvidos pelo iMM, ajuda na extração de RNA das amostras biológicas e no restante protocolo dos testes para deteção dos casos SARS-CoV-2 positivos, ou outras tarefas que forem consideradas necessárias.
Assim que os testes Elisa para deteção de anticorpos, com o âmbito de identificar quem já está imune ao SARSV-CoV-2, estejam validados e comercializados, a UMa tem as condições técnicas para realizar os referidos testes, de acordo com as diretrizes emanadas pelas autoridades de saúde. Este será o próximo passo, para que, depois de a curva de infetados começar a descer, possamos voltar a uma relativa normalidade.
Os docentes e investigadores da Escola Superior de Enfermagem da UMa também expressam a sua disponibilidade para qualquer ajuda ou apoio, reforçando com o seu conhecimento e recursos, a resposta às contingências decorrentes desta pandemia, do ponto de vista da Enfermagem, da Saúde e da Saúde Mental (Observatório Regional de Saúde Mental), contribuindo para o desenvolvimento de projetos ou atividades estruturantes, nomeadamente, ao nível da formação, divulgação ou pesquisa, no quadro das realidades regionais.