Disciplina: Andebol II

Área Científica:

Desporto

HORAS CONTACTO:

76 Horas

NÚMERO DE ECTS:

6 ECTS

IDIOMA:

Português

Objetivos Gerais:

OBJECTIVOS:

Pretende-se que no final dos estudos o aluno (formando) seja capaz de:

a)     Percecionar os diferentes momentos de jogo e conhecer as ações técnicas e táticas, conseguindo distinguir as individuais, das de grupo e coletivas, de forma a poder planear as sessões de treino;

b)     Compreender as ações táticas e técnicas do jogo no sentido de ser capaz de criar situações em treino que estimulem a aprendizagem desses meios tático-técnicos individuais e de grupo. Ajudando os praticantes a compreender o jogo para melhor tomada de decisão;

c)     Compreender o porque das ações fundamentais do jogo de ataque e defesa

d)     Entender quais os factores críticos de execução das diferentes técnicas, de ataque e defesa, de forma a poder exemplificar e corrigir nas sessões de treino, nomeadamente durante o processo de formação;

e)     Identificar os postos específicos no ataque e na defesa e as suas especificidades;

f)      Alcançar as razões porque a progressão da performance desportiva não é linear: que existem momentos de diferentes velocidades de aprendizagem, ligados ao desenvolvimento e maturação dos jovens praticantes. 

  1. Entender a formação desportiva como um processo a longo prazo em que se apresentam janelas de oportunidade para desenvolvimento de determinado fator (físico-motor, técnico ou tático) de acordo com o momento de maturação e desenvolvimento do praticante que devem ser considerados no planeamento desportivo.
  2. Perceber que a literacia motora é importante para o desenvolvimento do potencial do praticante, portanto a prática deve ser, o quanto mais possível, multilateral (dentro da modalidade) e multidesportiva nos anos iniciais da participação, pelo que é de evitar a especialização precoce.

g)     Conhecer as etapas da preparação desportiva a longo prazo de acordo com o projeto LTAD, aplicando-o ao andebol.

h)     Compreender a importância do treinador de formação para o praticante, procurando assim atuar de acordo com a responsabilidade. 

i)      Poder colaborar no projecto da modalidade para a inclusão: através do andebol em cadeira de rodas.

Conteúdos / Programa:

1.     O jogo de ataque

1.1.   Ações técnico-tácticas individuais:

Colocação; Desmarcação; Passe; Receção; Drible; Remate; Fintas.

1.2.   Ações Táticas de grupo:

1.2.1.      Ações 2x2; 3x3; 4x4

1.2.1.1.     Passe e vai; Cruzamento; Bloqueio; Permuta; Écrã; Cortina; Penetração sucessiva; Entrada.

1.2.2.      As desigualdades numéricas

1.3.   Métodos de jogo no Ataque:

1.3.1.      Ataque posicional

1.3.2.      Contra-ataque

1.3.3.      Ataque rápido

1.4.   Sistemas de jogo no ataque: 3:3; 2:4; 3;4 e 3:3-2:4.

  1. 2.     O jogo na Defesa 

2.1.   Ações técnico-tácticas individuais:

2.1.1.      Posição base; Colocação; Marcação; Desarme; Interceção.

2.2.   Ações táticas de grupo

2.2.1.      Ajuda;

2.2.2.      Troca de adversário;

2.2.3.      Deslizamento;

2.2.4.      Bloco

2.3.   Métodos de jogo na defesa

2.3.1.      Pressing;

2.3.2.      Defesa individual;

2.3.3.      Defesa zonal.

2.4.   Sistemas de jogo na defesa:

2.4.1.      Caraterização:

2.4.1.1.     Sistemas abertos, profundos:

2.4.1.2.     Sistemas fechados. 

2.4.1.3.     Sistemas mistos

  1. 3.     O guarda-redes e os postos específicos

3.1.   O guarda-redes

3.1.1.      Caraterísticas anatómicas, físico-motoras e psicológicas; 

3.1.2.      A técnica individual do guarda-redes ? ações defensivas:

3.1.2.1.     Técnica de defesa a remates de 1ª linha;

3.1.2.2.     Técnica de defesa a remates de ponta;

3.1.2.3.     Técnica de defesa a remates de pivot;

3.1.2.4.     Técnica de defesa a remates em penetração;

3.1.2.5.     Técnica de defesa a remates de Contra-ataque.

3.1.3.      A tática individual do guarda-redes ? ações defensivas:

3.1.3.1.     Observação, conhecimento do adversário e análise dos indicadores de remate;

3.1.3.2.     Colocação na área de baliza em função do tipo de remate;

3.1.3.3.     Antecipação do remate.

3.1.4.      A tática e a técnica individual do guarda-redes ? acções ofensivas.

3.1.5.      A tática de grupo ? formas de colaboração guarda-redes/ jogadores de campo na defesa da baliza:

3.1.5.1.     Nos remates de 1ª linha;

3.1.5.2.     Nos remates de ponta;

3.1.5.3.     Nos remates de pivot;

3.1.5.4.     Nos remates em penetração;

3.1.5.5.     Nos remates de contra-ataque.

3.1.6.      A tática de grupo ? formas de colaboração guarda-redes/ jogadores de campo ataque.

3.2.   O posto específico extremo:

3.2.1.      Características anatómicas e físico-motores;

3.2.2.      A tática e a técnica individual do extremo;

3.2.3.      A tática de grupo ? formas de colaboração com os outros postos específicos.

3.2.4.      Principais tarefas:

3.2.4.1.     Manter uma concentração defensiva máxima;

3.2.4.2.     Permitir a continuidade da fase ofensiva

3.2.4.3.     Utilizar os pequenos espaços para finalizar

3.3.   Primeira linha:

3.3.1.      Caraterísticas anatómicas, físico e motoras;

3.3.2.      A tática e a técnica individual dos laterais;

3.3.3.      A tática de grupo ? formas de colaboração com os outros postos específicos.

3.3.4.      Primeira Linha: deve ser móvel procurar sempre encontrar situações de vantagem, quer através do jogo perto, relação com colega próximo, quer com desmarcações rápidas em jogo distante.

3.3.5.      O que se pretende de um primeira linha:

3.3.5.1.     Marcar golos;

3.3.5.2.     Assegurar a continuidade e a fluidez do jogo;

3.3.5.3.     Iniciativa para ganhar uma posição de remate;

3.3.5.4.     Domínio de diversas manifestações de remate;

3.3.5.5.     Controlo dos três postos da primeira linha;

3.3.5.6.     Controlo da manipulação da bola e do passe;

3.3.5.7.     ?Paciência? na procura de soluções.

3.4.   Posto específico de pivôt:

3.4.1.      Caraterísticas anatómicas e físico motoras;

3.4.2.      A tática e a técnica individual do central;

3.4.3.      A tática de grupo ? formas de colaboração com os outros postos específicos;

3.4.4.      Principais tarefas:

3.4.4.1.     Cortar as relações defensivas;

3.4.4.2.     Permitir a continuidade do jogo;

3.4.4.3.     Utilizar os intervalos livres.

  1. 4.     Postos específicos (Defesa)

4.1.   Extremos:

4.1.1.      Caraterísticas anatómicas e físico motoras;

4.1.2.      Tática de grupo: colaboração com os colegas em função das dinâmicas dos diferentes sistemas defensivos.

4.2.   Defesa central:

4.2.1.      Caraterísticas anatómicas e físico-motoras;

4.2.2.      Tática de grupo: colaboração com os colegas em função das dinâmicas dos diferentes sistemas defensivos.

4.3.   Defesas laterais:

4.3.1.      Caraterísticas anatómicas e físico motoras

4.3.2.      Tática de grupo: colaboração com os colegas em função das dinâmicas dos diferentes sistemas defensivos.

4.4.   Defesas avançados:

4.4.1.      Caraterísticas anatómicas e físico motoras

4.4.2.      Tática de grupo: colaboração com os colegas em função das dinâmicas dos diferentes sistemas defensivos.

  1. 5.     O treino do Andebol nos escalões de formação

5.1.   Perspetiva da Preparação Desportiva a a Longo Prazo (ou LTAD):

5.1.1.      Andebol como modalidade de especialização tardia.

5.1.2.      Conceitos de maturação e desenvolvimento.

5.1.3.      A não linearidade da progressão desportiva.

5.1.3.1.     As fases críticas de desenvolvimento.

5.1.4.      ?Literacia motora? e sua importância para o desenvolvimento do potencial do praticante de andebol;

5.1.5.      A prática deliberada e jogo deliberado duas perspetivas sobre o treino:

5.1.5.1.     Vantagens e desvantagens;

5.1.5.2.     Escolha: qual? E quando?

5.1.6.      A ?prontidão? e a ?treinabilidade?;

5.1.7.       As etapas da preparação a longo prazo adaptadas ao andebol;

5.1.8.      Preparação multilateral e multidesportiva;

5.1.9.      Periodização numa perspetiva de preparação a longo prazo;

5.1.10.   A competição de acordo com o conceito de preparação a longo prazo;

  1. 6.     O Treinador de Andebol dos escalões de formação:

6.1.   Filosofia do treinador de andebol de formação:

6.1.1.      Preocupações, competências e motivações; 

6.1.2.      A importância do treinador na formação.

  1. 7.     Andebol em cadeira de rodas

7.1.   História e perspectivas de evolução

7.2.   A sua importância.

7.3.   Variantes

7.4.   Regulamentos:

7.4.1.      O campo; a bola; as balizas; as cadeiras; tempo de jogo; número de jogadores.

7.4.2.      Regras do jogo

  1. 8.     O Andebol de praia

8.1.   Origens e evolução

8.2.   Os Regulamentos

8.2.1.      O campo; a bola; as balizas; jogadores; o tempo de jogo

8.2.2.      Regras

Bibliografia / Fontes de Informação:

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Santos, L., Guimarães, M. Sá, P. e Leite, P, (2015). Manual do Treinador - Grau III. Federação de Andebol de Portugal. (Versão eletrónica recuperado em 18/02/2021 de https://portal.fpa.pt/wp-content/uploads/2019/05/Manual-Andebol-Grau-3.pdf

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Prudente, João (2013). Andebol. In Garganta, Júlio; Prudente, João e Anguera, Teresa (Org.). Avaliação da Performance em Jogos Desportivo Colectivos. Variáveis e indicadores táctico-técnicos utilizados em estudos observacionais de Andebol, Basquetebol, Futebol, Pólo Aquático e Voleibol, pp. 11-77. Porto; FADE-UPorto. ISBN:978-972-8687-56-4

Sousa, D.; Prudente,J.; Sequeira, P. (2013). Analysis of 2 vs 2 in organized attack in Handball in a situation of numerical equality 6 vs 6 in 2011 World Womens Championship. (pp.278-282) 2nd EHF Scientific Conference- Women and Handball. Scientific and Practical Approaches. Viena. 22-23 Novembro de 2013

Métodos e Critérios de Avaliação:

Dois testes escritos com nota mínima de 7,5 com possibilidade de melhoria de nota em recurso. Dois trabalhos práticos com componente escrita e apresentação, não sendo, neste caso, passiveis de recurso. Avaliação continua: participação nas aulas teoricas e praticas, e mini trabalhos.