Disciplina: Design Aplicado à Culinária
Área Científica:
Hotelaria e Restauração
HORAS CONTACTO:
45 Horas
NÚMERO DE ECTS:
4 ECTS
IDIOMA:
Português
Objetivos Gerais:
- Contacto com reflexões e processos de tomada de decisão inerentes ao pensamento de design.
- Desenvolvimento de pensamento crítico em relação ao que se come e à forma como se come.
- Tomar decisões que proporcionem melhores experiências de degustação.
- Desenvolver competência no domínio da representação bidimensional
- Desenvolver modos próprios de expressão e comunicação visual
- Dominar conceitos estruturais da comunicação visual e da linguagem do design
- Fazer entender os modos de projetar como parte integrante do processo criativo
- Dar a conhecer as fases metodológicas do projeto de design
- Desenvolver capacidades de trabalho em equipa
No final o aluno deverá ser capaz de demonstrar e perceber como a teoria e a prática do design pode ser utilizada para recolher, editar e criar novos conceitos aplicados à culinária. E utilizar uma metodologia criativa e crítica na análise do seu trabalho e na prática do design como ferramenta culinária.
Conteúdos / Programa:
1-O pensamento de design.
LUGAR DO DESIGN (o que é o design?; breve história do design (enquadramento histórico e contemporâneo); o papel do designer diferente do papel de artista; o campo expandido do design (áreas de atuação)).
2- Os hábitos e culturas alimentares
FOOD DESIGN NOVO TERRITÓRIO: Os sentidos e o seu impacto no design de alimentos; Food Design Process; Somos o que comemos: o impacto cultural do food design
3- Os rituais de refeição
Qual a forma da nossa comida? Quais as formas com que comemos e de que forma comemos? Pode a comida estar em forma ou sem forma? Em que forma nos põe a comida? Humor e metáforas na alimentação.
4- A forma e a função dos alimentos
COMO PENSAM OS DESIGNERS ? MORFOLOGIA DA FORMA E DA COR: Forma; dimensão e escala; espaço; composição formal; cor e componentes físicas.
COMO FAZEM OS DESIGNERS: A cultura do projeto; os mecanismos de projeto em design, as diferentes hipóteses metodológicas (experimentação, escolhas, conflitos e decisões). A forma segue a função: a função dos alimentos (preservação, produção, transporte, onde e como comemos, reciclagem; dependência, partilha, comida funcional)
5- Ambientes e ferramentas de degustação
6- Interfaces alimentares
(7- Técnicas de apresentação)
(8- Técnicas de empratamento)
Bibliografia / Fontes de Informação:
ALEXANDER, C. (1973) Ensayos sobre la sintesis de la forma, Infinito, Buenos Aires
ARNHEIM, R. (1980) Arte e Percepção Visual: uma psicologia da visão criadora
BALTZ, E. ; BOISSEAU, C. (2012) Love Foodbook, HC Editions, Paris
BISSON, D. (2012) Comestible Edible, Du Passage, Canada
BRÉTILLOT, M. (2010), Culinaire Design, Éditions Alternatives.
CATTERAL, C. (1999) Food: Design and Culture, Laurence King, London
CROSS, N. (2013) Design Thinking, Bloomsbury Academic
DENIS, R. (2002) Uma introdução à história do design, Editora Edgard Blucher, São Paulo
DUARTE, F. J., R. F., P. (2008) Fabrico Próprio - O Design da Pastelaria Semi-industrial, Edição de Autor
DONDIS, D. A., (1991) Sintaxe da Linguagem Visual, Martins Fontes Editora, São Paulo
ESAD Caldas da Rainha + ESAD Reims (2010) Paysages alimentaires, Editions La sauce
FEARNLEY-WHITTINGSTALL, J. (2010), The Ministry of Food, Hodder and Stoughton
FLUSSER, V. (2010) Uma filosofia do design, a forma das coisas, Relógio de Água, Lisboa
GRUIJTERS, K. (2016) Food Design: Exploring the Future of Food.
GUIXÉ, Marti. Knolke, I. (2011), Food Designing, Corraini Editore
HESKETT, J. (2005) Design, a very short introduction, Oxford University Press, London
HELLER, E. (2007) A Psicologia das Cores. Como actuam as cores sobre os sentimentos e a razão, Editorial Gustavo Gili, Barcelona
MUNARI, B. (1981) Artista e designer, Editorial Presença, Lisboa
MUNARI, B. (1981) Das coisas nascem coisas, Edições 70, Porto
MUNARI, B. (1968) Design e Comunicação Visual, Edições 70, Lisboa
MUNARI, B. (1981) Fantasia, invenção, criatividade e imaginação na comunicação visual, Editorial Presença, Lisboa
PASTOUREAU, M. (1997) Dicionário das Cores do nosso tempo. Simbólica e Sociedade. Editorial Estampa,Lisboa
KLANTEN, R. BOLHOFER, K. MOLLARD, A. (2011) Delicate: New Food Culture, Die Gestalten Verlag
LUPACCHINI, A., (2014) Food design - La trasversalità del pensiero progettuale nella cultura alimentare, List Lab Publishing
MAEDA, J. (2006) The laws of simplicity, MIT Press.
NORMAN, D. (2004) Emotional Design: Why we love (or hate) everyday things, Basic Books, New York
RAYMOND, M.; SANDERSON, C.; KLANTEN, R.; EHMANN, S. (2008) Create: Eating, Design and Future Food, The Future Laboratory, Die Gestalten Verlag
SCHAAP, D. (2014) The Insect Cookbook: Food for a Sustainable Planet, Columbia University Press
SUMMERER, S.; HABLESREITTER, M. (2008) Food Design XL
TODOLI, V. HAMILTON, R. (2009) Food for Thought. Thought for Food: A Reflection on the Creative Universe of Ferran Adria, Actar; Slp edition
TRAITLER, Helmut; Coleman, Birgit; Hofmann, Karen (2014) Food Industry Design, Technology and Innovation,Wiley-Blackwell
VOGELZANG, M. (2009), Eat Love, BIS Publishers
ZAMPOLLO, F. (2021). Food Design Thinking: DIY
Métodos e Critérios de Avaliação:
Com 75% de presenças obrigatórias nas aulas efetivas da UC e com presença obrigatória nas aulas em que se realizem momentos de avaliação e nas aulas previamente determinadas pelo docente:
- Componente Teórica (20%) - teste escrito (nota mínima exigida 10 valores).
- Componente Prática (40%) - trabalho de grupo (nota mínima exigida 10 valores).
- Duas componentes Teórico-práticas (20% cada) - trabalhos individuais (nota mínima exigida 10 valores).
A avaliação da disciplina de Design Aplicado à Culinária é individual e contínua. Estão previstas avaliações intermédias e no final do semestre. As avaliações incidem sobre as componentes teórico-práticas dos projetos propostos para a disciplina.
A avaliação contínua, incide sobre a assiduidade, cumprimento dos prazos de entrega, participação, colaboração, competências críticas e de comunicação, empenho, autonomia/iniciativa e evolução do aluno ao longo dos projetos propostos.