Disciplina: Flora Macaronésica

Área Científica:

Biologia

HORAS CONTACTO:

68 Horas

NÚMERO DE ECTS:

6 ECTS

IDIOMA:

Português

Objetivos Gerais:

1 - Conhecimentos básicos relativos à história e evolução do conhecimento botânico desde os primeiros cronistas do século XV aos naturalistas e viajantes do século XIX, bem como acerca dos principais autores da flora macaronésica
2 - Integrar os aspectos paleobiogeográficos, biogeográficos e florísticos.
3 - Reconhecer os principais tipos de elementos florísticos da Macaronésia.
4 - Conhecer as relações filogenéticas e modelos de colonização da flora dos arquipélagos da Macaronésia.
5 - Capacidade para correlacionar os elementos da flora do arquipélago da Madeira e Selvagens com a ecologia associada.
6 - Conhecer os padrões de diversidade florística da Macaronésia (com ênfase na endemicidade e nos elementos exóticos invasores) e a sua relação com os aspectos biogeográficos e hemeróbicos da paisagem, histórica e actual.
7 - Capacidade para manusear diversas Floras e outros recursos bibliográficos.
8 - Capacidade para colectar, preparar, determinar e introduzir em herbário qualquer espécimen da flora vascular.

Conteúdos / Programa:

1 - Introdução ao estudo da Flora Macaronésica. Principais fontes bibliográficas. Bibliografia acessória e documentos de apoio.Perspectiva histórica do estudo da flora Macaronésica. i. Cronistas, naturalistas e outras referências pré-lineanas; ii. Cronistas do século XV e XVI. iii. Gaspar Frutuoso. iv. Hans Sloane (1660-1753). v. Francis Masson (1741-1805). vi. As viagens do Cap. James Cook (1728-1779). vii. Naturalistas do século XIX na Madeira (Expedições científicas botânicas no século XIX, 2. Robert Brown (1773 ? 1858 ). 3. Richard Thomas Lowe (1802-1874). 4. Philip B. Webb (1793 ? 1854). 5. Christian Ferdinand Hochstetter (1787-1860). 6. Moritz August Seubert (1818-1878). 7. Hewett Cottrell Watson (1804-1881). 8. William Trelease (1857-1945). 9. Auguste Chevalier (1873-1956). d. Listas e Floras da Macaronésica. Origem da Flora da Macaronésia. Origem geológica e paleo-Macaronésia. Biogeografia do arquipélago da Madeira e da Macaronésia. Flora florestal paleoendémica terciária. Flora neoendémica de hábito lenhoso insular. Flora lenhosa paleomediterrânica. Flora continental euro-siberiana temperada. Flora neomediterrânica continental. Flora antropogénica.
2 - Sinopse das famílias de Pteridophyta. Lycopodiaceae, Selaginellaceae, Equisetaceae, Botrychiaceae, Ophioglossaceae, Osmundaceae, Hymenophyllaceae, Culcitaceae, Dicksoniaceae, Cyatheaceae, Hypolepidaceae, Polypodiaceae, Sinopteridaceae, Hemionitidaceae (Adiantaceae s.l.), Pteridaceae, Adiantaceae (s.s.), Thelypteridaceae, Aspleniaceae, Aspidiaceae, Athyriaceae, Davalliaceae, Elaphoglossaceae, Oleandraceae, Blechnaceae. Endemicidade Macaronésica.
3 - Sinopse das famílias das Pinopsida s.l. (Spermatophyta, Coniferophytina). a. Pinaceae b. Taxodiaceae c. Cupressaceae d. Taxaceae
4 - Sinopse das famílias das Gnetopsida (Spermatophyta, Cycadophytina). a. Ephedraceae
5 - Sinopse das famílias das Magnoliopsida (Spermatophyta, Magnoliophytina). a. Magnoliidae i. Lauraceae ii. Aristolochiaceae iii. Berberidaceae iv. Ranunculaceae v. Papaveraceae vi. Phytolaccaceae vii. Nyctaginaceae viii. Aizoaceae ix. Portulaccaceae x. Basellaceae xi. Cactaceae xii. Caryophyllaceae xiii. Amaranthaceae xiv. Chenopodiaceae xv. Polygonaceae xvi. Plumbaginaceae
6 - Sinopse das famílias das Magnoliopsida (Spermatophyta, Magnoliophytina). b. Hammamelidae i. Fagaceae ii. Myricaceae
7 - Sinopse das famílias das Magnoliopsida (Spermatophyta, Magnoliophytina). c. Dillenidae i. Theaceae ii. Hypericaceae iii. Clethraceae iv. Ericaceae v. Sapotaceae vi. Myrsinaceae vii. Primulaceae viii. Violaceae ix. Passifloraceae x. Salicaceae xi. Tamaricaceae xii. Frankeniaceae xiii. Cucurbitaceae xiv. Brassicaceae xv. Resedaceae xvi. Cistaceae xvii. Malvaceae xviii. Urticaceae xix. Euphorbiaceae xx. Thymelaeceae xxi. Melastomataceae
8 - Sinopse das famílias das Magnoliopsida (Spermatophyta, Magnoliophytina). d. Rosidae i. Crassulaceae ii. Saxifragaceae iii. Rosaceae iv. Lythraceae v. Onagraceae vi. Myrtaceae vii. Sapindaceae viii. Fabaceae ix. Aceraceae x. Tropaeolaceae xi. Rutaceae xii. Simaroubaceae xiii. Anacardiaceae xiv. Linaceae xv. Oxalidaceae xvi. Geraniaceae xvii. Balsaminaceae xviii. Zygophyllaceae xix. Polygalaceae xx. Celastraceae xxi. Aquifoliaceae xxii. Rhamnaceae xxiii. Elaegnaceae xxiv. Proteaceae xxv. Vitaceae
9 - Sinopse das famílias das Magnoliopsida (Spermatophyta, Magnoliophytina). e. Cornidae i. Hydrangeaceae ii. Araliaceae iii. Apiaceae iv. Pittosporaceae v. Caprifoliaceae vi. Dipsacaceae
10 - Sinopse das famílias das Magnoliopsida (Spermatophyta, Magnoliophytina). f. Asteridae i. Campanulaceae ii. Asteraceae
11 - Sinopse das famílias das Magnoliopsida (Spermatophyta, Magnoliophytina). g. Lamiidae i. Gentianaceae ii. Rubiaceae iii. Apocynaceae iv. Asclepiadaceae v. Solanaceae vi. Convolvulaceae vii. Hydrophyllaceae viii. Boraginaceae ix. Oleaceae x. Scrophulariaceae xi. Globulariaceae xii. Plantaginaceae xiii. Bignoniaceae xiv. Acanthaceae xv. Verbenaceae xvi. Lamiaceae xvii. Callitrichaceae
12 - Sinopse das famílias das Liliopsida (Spermatophyta, Magnoliophytina). a. Liliidae i. Liliaceae (incl. Agapanthaceae, Alliaceae, Aloaceae, Asparagaceae, Asphodelaceae, Convallariaceae, Hyacinthaceae, Phormiaceae, Ruscaceae) ii. Iridaceae iii. Orchidaceae iv. Agavaceae v. Amaryllidaceae vi. Smilacaceae vii. Dioscoreaceae
13 - Sinopse das famílias das Liliopsida (Spermatophyta, Magnoliophytina). b. Commelinidae i. Musaceae ii. Zingiberaceae iii. Cannaceae iv. Commelinaceae v. Juncaceae vi. Cyperaceae vii. Poaceae
14 - Sinopse das famílias das Liliopsida (Spermatophyta, Magnoliophytina).c. Arecidae i. Arecaceae
15 - Sinopse das famílias das Liliopsida (Spermatophyta, Magnoliophytina). d. Alismatidae i. Alismataceae ii. Potamogetonaceae iii. Ruppiaceae
16 - Sinopse das famílias das Liliopsida (Spermatophyta, Magnoliophytina).e. Aridae i. Araceae ii. Lemnaceae
17 - Listas, diversidade e padrões arquipelágicos. Aspectos biogeográficos. a. A elaboração de listas. A Checklist da Madeira, critérios taxonómicos e nomenclaturais. b. Categorias taxonómicas, distribuição, endemicidade e naturalidade. c. 2008-2020 Actualização da Checklist da Madeira i. Alterações e actualizações taxonómicas e nomenclaturais. ii. Novos taxa endémicos. iii. Reconhecimento de taxa anteriormente descritos por outros autores. iv. Alteração de estatuto. v. Novas referências a taxa introduzidos. d. Acerca da utilização de uma Lista. i. Presença real e dados cumulativos, os taxa fantasmas e a evolução do conhecimento histórico. e. A Flora do arquipélago da Madeira em números. f. Comparação entre arquipélagos e ilhas da Macaronésia (i. Naturalidade por arquipélago. ii. Número e densidade de endemismos por ilha e arquipélago. iii. Conhecimento histórico e extinção pré-descritiva. iv. Antropocénico e modelos biogeográficos, Linnean Shortfall versus Hookerian Shortfall).
18 - Diversidade florística em comunidades/complexos de vegetação em situação inframediterrânica seca, da série do zambujal madeirense, Mayteno umbellatae-Oleo maderensis sigmetum, vegetação secundária de Euphorbietum piscatoriae e vegetação halófila, Calendulo maderensis-Suaedetum verae
19 - Diversidade florística em comunidades/complexos de vegetação Suaedo verae-Limonietum callibotry, Frankenio-Astydamion latifoliae, Loto salvagensis-Elytrigietum junceae
20 - Diversidade florística em comunidades/complexos de vegetação associados à série de vegetação da série do matagal de marmulano, Helichryso melaleuci-Sideroxylo marmulanae sigmetum
21 - Diversidade florística em comunidades/complexos de vegetação associados à série de vegetação da laurissilva mediterrânica do barbuzano, Semele androgynae-Apollonietum barbujanae sigmetum
22 - Diversidade florística em comunidades/complexos de vegetação correspondentes à série da laurissilva temperada do til, Clethro arboreae-Ocoteo foetentis sigmetum.
23 - Diversidade florística em comunidades/complexos de vegetação correspondentes à série do urzal de altitude, Polysticho falcinelli - Ericetum arboreae, e às comunidades de Argyranthemo montani-Ericetum maderensis.

Bibliografia / Fontes de Informação:

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Métodos e Critérios de Avaliação:

Tipo de Classificação: Quantitativa (0-20)

Metodologia de Avaliação:
Os métodos de ensino incluem: ­ Aulas teóricas (palestras) apoiadas por apresentações em PowerPoint, onde os conteúdos são apresentados e explicados com recurso a exemplos ilustrativos; ­ Trabalho de campo, cobrindo a maior parte dos ecossistemas da Madeira e Porto Santo (ou Desertas ou Selvagens) e a sua diversidade de plantas vasculares. O herbário a realizar pelo aluno (admitem-se grupos de 2 a 3 alunos e o número de espécimen varia entre 250 e 300) é entregue em duas fases (a primeira até meados de Abril, a segunda antes do período de pausa letiva. A entrega faseada permite aos alunos uma melhor gestão do tempo corresponde a trabalho autónomo. O processo de avaliação incluí um teste (ou exame) teórico (35% da nota final, nota mínima 9,5 valores), a avaliação do herbário (40% da nota final, nota mínima 10 valores, não recuperável em recurso) e um teste prático (25% da nota final, nota mínima 9,5 valores).