Objetivos Gerais:

1 - Pretende-se que o aluno: A. Se familiarize com os principais grupos de macrofungos, líquenes, briófitos e ptéridofitos adquirindo as competências necessárias ao reconhecimento e descrição correcta das estruturas e identificação taxonómica.
2 - Pretende-­se que o aluno: B. Adquira uma noção clara da evolução dos diferentes grupos estudados relacionando morfologia e ciclos de vida com a evolução desses mesmos grupos ao longo do tempo geológico.
3 - Pretende-se que o aluno: C. Adquira as ferramentas necessárias à identificação correcta e à colheita, preparação e preservação de espécimenes de herbário.
4 - No final da UC os estudantes devem ser capazes de: 1. Descrever correctamente a estrutura das plantas estudadas. 2. Identificar e distinguir os diferentes grupos de plantas estudados. 3. Interpretar a estrutura das plantas de acordo com a sua filogenia e ecologia.4. Interpretar correctamente a evolução dos ciclos de vida. 5. Herborizar e utilizar chaves dicotómicas na identificação de espécimenes.

Conteúdos / Programa:

1 - História da Botânica: Perspectiva histórica do estudo da Botânica. A percepção do mundo vegetal.
2 - Evolução dos sistemas de classificação: 2.1. De Aristóteles à idade Média; 2.2. Os Herbalistas; 2.3. O mundo novo, as descobertas e o aumento da diversidade; 2.4. Classificações artificiais, naturais e filogenéticas; 2.5. Classificações baseadas no hábito da planta; 2.6. A evolução do conceito de género; 2.7. Sistemas artificiais baseadas numa classificação numérica. 2.8. Lineu: Acerca do sistema sexual de Lineu. Principais influências. O sistema binomial de Lineu. Acerca da utilização de um sistema binomial. Precedentes. Lineu e a Taxonomia moderna. Estudantes de Lineu mais importantes; 2.9 Sistemas de Classificação baseados em semelhanças morfológicas; 2.10 Sistemas modernos de classificação de Takhtajan ao APG.
3 - Introdução aos estudo dos macrofungos (Myceteae): biologia dos fungos e ciclos de vida; tipos de (não) Fungos. Reino Protozoa. Phylum Myxomycota. Classe Myxomycetes (Mixófitos)
4 - Subreino Dikaria: 4.1. Phylum Ascomycota. Características, morfologia e diversidade; 4.2. Phylum Basidiomycota. Características, morfologia e diversidade.
5 - Os líquenes. 5.1. Constituição de um líquene; 5.2. Especificidade da relação liquénica; 5.3. Formas de crescimento do talo;5.4. Estruturas vegetativas e reprodução sexuada; 5.5. Aspectos da Fisiologia dos líquenes; 5.6. Diversidade liquénica, classificação, morfologia e nomenclatura; 5.7. Fisiologia, reprodução e diversidade; 5.8. Papel ecológico, Líquenes e biomonitorização, exemplos. Poluição do ar e sensibilidade a partículas em suspensão. Possibilidades na detecção remota, prospecção e datação; 5.9. Usos económicos e bio-remediação; 5.10. Como colectar líquenes.
6 - Musgos ­(Bryophyta). 6.1. Tipo de organização dos briófitos e das plantas vasculares; Ciclos de vida; 6.2. Os gametângios; 6.3. Aspectos da filogenia e sistemática dos Bryophyta.
6.1 - Anthoceropsida: 6.1.1. Sistemática das Anthoceropsida. 6.1.2. Caracteres diagnóstico; 6.1.3. Ontogenia do esporófito, esporogónio e amadurecimento da cápsula; 6.1.4. Registo fóssil e principais diferenças em relação aos restantes briófitos.
6.2 - Marchantiopsida: 6.2.1. Estrutura do gametófito e esporófito; 6.2.2. sistemática das Marchantiopsida: 6.2.3. Estrutura e exemplos na Sub-Classe Jungermaniidae; 6.2.3.1. Estrutura e exemplos nas Metzgeriales; 6.2.3.2. Estrutura e exemplos nas Calobryales; 6.2.3.3. Estrutura e exemplos nas Jungermaniales; 6.2.4. Estrutura e exemplos na Sub-Classe Marchantiidae; 6.2.4.1. Estrutura e exemplos na Ordem Sphaerocarpales (= Sub-Classe Sphaerocarpidae); 6.2.4.2. Estrutura e exemplos na Marchantiales.
6.3 - Bryopsida: 6.3.1. Ciclo de vida de um musgo verdadeiro, estrutura do gametófito e do esporófito, gametângios, origem e estrutura do esporófito; 6.3.2. Sistemática das Bryopsida; 6.3.2.1. Sub-Classe Sphagnidae: Diversidade e classificação das Sphagnidae, ecologia das turfeiras; Morfologia do gametófito e esporófito; 6.2.3.2. Sub-Classe Andreaeidae: morfologia e exemplos, diversidade e ecologia; 6.2.3.3. Sub-Classe Bryidae: Estrutura e exemplos, caractéres diagnóstico, morfologia do gametófito, musgos acrocárpicos e plerocárpicos, anatomia do talo, tipos de filídeos e estrutura do esporogónio, poliploidia, origem e consequências.
6.4 - Os Musgos da Madeira, diversidade, ecologia e conservação.
7 - Plantas vasculares. Origem das plantas vasculares: das algas aos primeiros fósseis de plantas vasculares. Ciclo de vida de uma planta vascular. Os orgãos dos cormófitos. Origem a partir da estrutura com ramificação dicotómica (os Telomas). Teoria Telómica: culminação, planação, concrescência, redução e encurvamento. Desenvolvimento do embrião.
8 - Pteridophyta. Tipo de organização morfológica dos pteridófitos e das restantes plantas vasculares. Ciclos de vida. os gametângios. Aspectos da filogenia e sistemática dos pteridófitos. Referência a diferentes sistemas de classificação. Caracterização, sistemática e filogenia.
8.1 - Psilophytopsida. Caracterização morfológica de um grupo ancestral e fóssil de pteridófitos. 8.1.1 Rhyniales. Registro fóssil e estrutura telómica. 8.1.2. Zosterophyllales. Morfologia e registro fóssil, posição dos esporâncios e estrutura vegetativa. 8.1.3. Asteroxylales. Registro fóssil, morfologia e relação com as Lycopodiopsida.
8.2 - Psilotopsida. Caracterização morfológica de um grupo actual de pteridófitos. Ancestralidade das suas características morfológicas. Exemplos e ciclos de vida. Estrutura actinostélica e micrófilos, sinângios.
8.3 - Lycopodiopsida. Caracterização morfológica de um grupo actual e ancestral de pteridófitos. Evolução e caracterização das Lycopodiopsida. 8.3.1. Protolepidodendrales. Morfologia e registro fóssil. 8.3.2. Lycopodiales. Morfologia e ciclo de vida de um grupo actual. 8.3.3. Selaginales. Morfologia e ciclo de vida de um grupo actual. 8.3.4. Lepidodendrales, Morfologia e registro fóssil. 8.3.5. Isoetales. Morfologia e ciclo de vida de um grupo actual.
8.4 - Equisetopsida. Evolução e relações com outros grupos de fetos. Morfologia e anatomia . Taxonomia. 8.4.1. Equisetales. Morfologia e ciclo de vida de um grupo actual. 8.4.2. Sphenophyllales. Morfologia e registro fóssil.
8.5 - Pteridopsida ou Filicopsida. Morfologia e ciclos de vida. Caractéres diagnóstico. Importância económica. As frondes enquanto macrófilos, aspectos da sua morfologia. Soros, esporângios e indúsio. Deiscência do esporângio. Tipos de gametófitos. Aposporia e apogamia. 8.5.1. Sistemática. 8.5.1.1. Primofilices (Pseudosporochnales, Protopteridales, Coenopteridales, Cladoxylales, Archeopteridales). 8.5.1.2. Eusporangiatae. Ophioglossales (Morfologia, ciclo de vida e exemplos). Marattiales (Morfologia, ciclo de vida e exemplos). 8.5.1.3. Leptosporangiatae. Morfologia, ciclo de vida e exemplos das Osmundales, Gleicheniales, Schizeales, Hymenophyllales, Matoniales, Cyatheales, Polypodiales, Pteridales, Aspidiales, Blechnales. 8.5.1.4. Hydropterides. Morfologia, ciclo de vida e exemplos das Salviniales e Marsileales.
9 - Classificações recentes das plantas terrestres e das Pteridophyta. Polypodiopsida, Marattiopsida, Equisetopsida e Psilotopsida.

Bibliografia / Fontes de Informação:

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Métodos e Critérios de Avaliação:

Tipo de Classificação: Quantitativa (0-20)

Metodologia de Avaliação:
Na estratégia adoptada articulam-se a componente teórica com aulas de laboratório e trabalho de campo. Nas aulas práticas os alunos aplicam os conhecimentos obtidos no estudo de espécimenes de líquenes, musgos e fetos, o material é manuseado (realizando dissecções), observado (utilizando lupas e microscópio) e desenhado. Nas aulas de campo são treinadas técnicas de colheita e realizada a observação "in situ" de organismos dos grupos estudados. Nas aulas laboratoriais é feito apelo constante ao conhecimento teórico, sendo ainda treinadas técnicas de preparação e observação de material. A avaliação dos alunos inclui:- 1 Exame escrito ou oral sobre tópicos e conceitos da teoria (50% nota final, nota mínima 9,5 val.);- 1 Exame prático - inclui preparação, observação, descrição e identificação de material (35% nota final, nota mínima 9,5 val.);- Herbário com 30 espécimenes ,com entrega de livro de Caderno campo/laboratório obrigatória (15% nota final, nota mínima 10 val.).